quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Entrevista a José Katemo-Árbitro FIFA que colocou o nome de Angola na História do Futsal

ANGOLAFUTSAL(AF): Como é que começou a tua carreira de árbitro?

JOSÉ KATEMO(JK):A minha carreira como árbitro começou muito cedo. Há 10 anos atrás (2002). Tudo por influência do meu irmão Matias Tchiyanene que na altura já era árbitro. Sempre fui muito apegado ao meu irmão e assistia quase todos jogos que ele apitasse, ate que um dia faltou um arbitro e pediram-me para ajudar. Saltei da bancada e fui cronometrista e anotador do jogo. Depois foram surgindo as mesmas situações até que em 2002 participei no clinic dos árbitros antes do campeonato provincial.A partir daí a associação provincial passou a contar oficialmente com a minha participação em todas as partidas como cronometrista. 

AF:Alguma vez pensaste chegar a este patamar?

JK:Para ser sincero não, nunca me passou pela cabeça que chegaria a este patamar. Não sou pessimista, acontece que no mundo da arbitragem existem 310 arbitros fifa de futsal, e nos outros continentes existem várias competições nacionais e internacionais. É isso que dita o bom arbitro para a FIFA. Participei nas eliminatórias da CAF para o mundial mas Em África não temos muita competição. Na verdade esta indicação para o mundial Tailândia 2012, surpreendeu a todos e a mim também. 







AF:Como está a ser esta experiência internacional?

JK: Esta experiência esta a ser muito positiva, estou a conviver com melhores árbitros do mundo de futsal e com a comissão e coordenação da arbitragem da FIFA. Aqui tira-se todas as duvidas, uniformizam varias situações visto que a maneira de actuação dos árbitros variam de pais para pais. Esta troca de experiências está a ser muito proveitosa para mim em particular e para Angola no geral. 

AF:O que estás a aprender aí, pensas que vai conseguir transmitir aos teus colegas aqui para melhorar a modalidade?

JK: Toda competição tem vários regulamentos e quem altera as regras de jogo nos países são as federações, é claro que vou transmitir aos meus colegas o que estou aprender aqui, no entanto, para implementarmos tem que ser com o conhecimento e autorização da FAFUSA. Esta situação tem causado alguns problemas no nosso futsal principalmente quando a selecção ou algum clube joga fora do pais. Alguns jogadores e técnicos cobram aos árbitros inovações ou situações que viveram fora e muitas vezes chegam mesmo a dizer " vocês já não aprendem". Eu estarei aberto,estou a representar o pais e quando chegar vou reunir com conselho de arbitragem da FAFUSA. qualquer alteração os clubes tem que ter conhecimento, para todos melhorarmos. 

AF: Quais as diferenças que notas entre a arbitragem daí e daqui?

JK: Eu sempre defendi que só há grandes árbitros aonde há grandes clubes, técnicos, jogadores e grandes jogos, por isso acho que as diferença é só na organização e preparação do arbitro para o jogo. As expectativas que se criam também influencia.

Quero aproveitar a oportunidade para mandar um abraço a todos praticantes, dirigentes, adeptos e todos que directa ou indirectamente tem feito o nosso futsal acontecer.Pprincipalmente aqueles que investem bastante, ocupam o seu tempo sem colher valores monetários. 

O futsal angolano é para fortes porque mesmo amadores sabemos dignificar a modalidade!

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